Imposto Seletivo tem que focar nas unidades de bebidas, diz pesquisador
07/07/2025
O jornal FOLHA DE S.PAULO traz em destaque nesta segunda-feira uma entrevista com Jeffrey Drope, pesquisador da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg (EUA), diretor do grupo de pesquisa Economics for Health e autor do projeto Atlas do Tabaco. Ele tem uma relação específica com o setor tributário, pois, como anota o jornal, participou da elaboração de uma proposta entregue ao governo brasileiro sobre a tributação de bebidas. Ele defende que o Imposto Seletivo, criado com a reforma tributária, seja estruturado de forma híbrida, “composto por ad rem (imposto baseado na unidade) e ad valorem (imposto baseado no valor)”. Segundo ele, o ad rem deve responder por pelo menos 50% do peso do tributo, “porque ele aumenta o preço dos produtos mais baratos de forma mais eficaz e também reduz a diferença entre preços, o que significa que é menos provável que alguém encontre um produto mais barato e mude para ele”. “Em nossos modelos de simulação da reforma do Brasil, observamos que, se o ad rem for muito baixo, isso será potencialmente catastrófico em termos de preços para a cerveja”, afirma.